Advogada, mãe e avó: empreendedora se reinventa e cria negócio de sucesso em Brasília

Fernanda Barbosa enfrentou a pressão e a dificuldade por ser uma mulher empreendedora e hoje lidera uma empresa de saúde e bem-estar feminino

Foto: Marcelo Santos.

Ser mãe é ver mudar o eixo do seu mundo, é ter um ou mais corações batendo fora do peito, é mais do que amar profundamente. É saber amar alguém mais do que a si própria. É bem mais do que aprender e ensinar sobre amor incondicional, é ser o exemplo desse amor. Ser mãe pode ser lindo, solitário, intenso e difícil, mas é para sempre! É viver entre o tal instinto materno, o amor incondicional, a responsabilidade vivida sozinha e compartilhada também.

Ser mãe é carregar muitas responsabilidades, mas ser avó é ainda mais especial, afinal, dizem que ser avó significa ser mãe duas vezes. Muitas têm um importante papel junto aos seus filhos e filhas na árdua tarefa de criar os bebês. Quase sempre são as avós que auxiliam as filhas, mães de primeira viagem, nos momentos iniciais com os filhos. Esse apoio muitas vezes continua no decorrer dos anos, criando um vínculo afetivo ainda mais forte com os netos.

Esse é o caso da Fernanda Barbosa, 40 anos, mãe da Eduarda Barbosa, 24 anos, e avó da Luiza, 4 anos, e da Júlia, 3 anos. Além disso, Fernanda é advogada, empreendedora e guerreira. Uma mulher que se arrisca, enfrenta desafios, se reinventa, que erra, ensina mas também aprende muito. Foi assim que ela alcançou o sucesso e virou personagem desse texto.

"Eu sou o suporte da minha filha e das minhas netas, pois ela ainda não está com a vida financeira estabelecida. Fui mãe ainda na adolescência e quando a minha filha completou 14 anos, divorciei. E já naquela época, eu tive que ser o exemplo de força, coragem e principalmente fé. Abandonar os sonhos nunca foi a minha opção e tenho ensinado isso a elas", conta a empresária.

No ano de 2018, Fernanda decidiu que queria empreender, mas desejava algo que fosse fora da formação acadêmica. Ela considerou algumas opções, enfrentou alguns desafios, mas optou pelo mercado da saúde-beleza. Unindo serviços de qualidade, colaboradores capacitados, segurança e bem-estar, surgiu a Libertar Depilação.

"Tive que me reinventar, estudar e aprender muito sobre essa nova área. Procurei entender como a empresa iria funcionar, desde a reforma até os melhores produtos. Os desafios foram intensos, mas foram necessários para eu me reinventar como profissional, mãe, filha e avó que sou", diz ela.

A pressão e a dificuldade com certeza fazem parte da vida de uma mulher empreendedora e com Fernanda não seria diferente. Ela conta que durante a iniciativa de empreender houve muitas críticas e falta de apoio, até mesmo da família.

"Tive que enfrentar os medos, os desafios, o tempo, o financeiro e a família. Mas, quando eu parava para pensar o que já havia feito até aqui e quantas pessoas dependiam e acreditavam em mim, e o quanto eu era importante e exemplo para a minha filha e minhas netas, eu levantava, respirava, erguia a cabeça e continuava a seguir em frente", relata.

Apesar dos medos e dos desafios, a empreendedora pôde contar com um apoio muito importante fora do ciclo familiar: o do Sebrae no DF. Ela explica que mesmo com a empresa em funcionamento, não conseguia fazer o negócio decolar. As contas não batiam, faltava direcionamento e os problemas só aumentavam.

"Foi então que tive o apoio do Sebrae em todas as áreas que estava com dificuldades, desde um simples fluxo de caixa até ao plano organizacional da empresa. Costumo dizer que eu literalmente fiz um MBA em administração de empresas", afirma.

E foi por acreditar na Fernanda, advogada, empresária, mãe e avó, que Kátia Cristina Magalhães, analista e gestora de projetos do Sebrae no DF, a direcionou para participar do Primeiro Empretec Woman, realizado em 2022. Um Seminário com metodologia desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e utilizado em cerca de 35 países, voltado para o desenvolvimento de características do comportamento empreendedor e para a identificação de novas oportunidades de negócio.

"Apesar de todo o cenário positivo de crescimento das mulheres nos negócios, ainda existem diversos avanços a serem feitos. Durante suas jornadas empreendedoras, as mulheres enfrentam o preconceito, a discriminação no ambiente de trabalho e a dupla jornada, visto que muitas ainda tem de conciliar suas responsabilidades da vida de mãe com a profissional", discorre Kátia.

"Queremos que as empreendedoras saibam que elas não estão sozinhas. O Sebrae no Distrito Federal sempre dispensou uma atenção especial ao Empreendedorismo Feminino, por reconhecer este como um indutor não só da igualdade de gêneros, mas de desenvolvimento social, de melhoria do ambiente de negócios das empresárias, além de fortalecer o desenvolvimento do ecossistema de negócios liderados por mulheres no DF", complementa.
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