Startups universitárias recebem apoio para aceleração

Segundo um levantamento da Cortex, uma plataforma de inteligência de vendas, o Brasil fechou o ano de 2022 com 11.562 startups ativas. Em outro relatório divulgado pela plataforma de inovação, Distrito, as startups brasileiras captaram US$ 4,45 bilhões, 23,96% a mais na comparação com 2020. Esses resultados demonstram que o mercado das empresas de tecnologia segue aquecido. Muitas dessas novas startups já conseguiram se estabilizar, mas há ainda um grande número delas que precisam de um "empurrãozinho" para se desenvolverem, principalmente aquelas que nascem dentro das universidades. 

E justamente com esse objetivo de dar aquela valiosa "forcinha" para aqueles que estão começando, é que a plataforma de permutas multilaterais XporY.com, a aceleradora Ozonean a ED6 - consultoria especializada em captação de recursos públicos - criaram a Biosphere, uma sociedade de propósito específico (SPE), que orienta e impulsiona essas startups surgidas no meio universitário. 

A Biosphere fechou recentemente uma parceria com a Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, e selecionou, por meio de inscrições, 12 projetos de negócios estudantis. Ao todo, 50 projetos se inscreveram. Os projetos foram selecionados por uma banca de avaliação de sócios e investidores. Segundo Demetrius Moura, CEO da Biosphere, as startups selecionadas serão acompanhadas durante 24 semanas e receberão ensinamentos e métodos para sua aceleração. “Teremos um hub de inovação que irá desenvolver e acelerar os projetos de negócios em um coworking com atividades presenciais e on-lines. Nesse espaço os estudantes também aprenderam sobre metodologia de desenvolvimento e atração de recursos públicos e privados”, explica. 

O programa irá iniciar dia 06 de março e dentre os projetos selecionados estão a CTVT, que é uma plataforma de growth hacking, a Share comics de automação de criação de HQ, um projeto de robô de investimento na bolsa de valores e a New Salen, uma iniciativa de realidade virtual para vendas no setor imobiliário.

Para Demetrius, a Biosphere é essencial para os projetos criados no cenário estudantil, pois leva oportunidade de aceleração, desenvolvimento e conexão com pesquisadores, mentores e recursos. “A parceria leva soluções que proporcionam maior longevidade e visibilidade para essas startups que iniciam seus ciclos nas universidades. Muitos desses projetos acabam morrendo ainda nos primeiros anos de vida. A Biosphere surge exatamente para dar mais potencial e alavancar com mais segurança esses negócios”, pontua o CEO.

O CEO acrescenta que os projetos receberão um investimento de até 100 mil reais. “Com a gente eles farão a validação de produtos, desenvolvimento comercial e estruturação de documentação financeira para investimentos. Todas as startups também receberão apoio de pesquisadores para ingressarem em programas de captação de recursos públicos”.

Moeda oficial

A plataforma de permutas multilaterais, XporY.com, será a responsável por implementar a moeda no ecossistema que será criado pela Biosphere. Desta forma, os negócios realizados dentro do ciclo serão movimentados por meio do X$, moeda digital usada para fazer negociações entre permutas. De acordo com Rafael Barbosa, um dos idealizadores do projeto e sócio-fundador da XporY.com, a Universidade de São Judas Tadeu é a segunda universidade a receber o hub da Biosphere, que influenciará o futuro das startups criadas em seu campus.

“Também realizamos um ciclo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), onde fizemos um trabalho muito importante para os alunos, interligando o Sebrae [por meio da XporY.com], o meio acadêmico e o ramo empresarial com o objetivo de despertar a cultura empreendedora ainda na universidade”, afirma Rafael Barbosa.

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BRB