Ministro negro no ministério da defesa ajudará a unir o país!

Que o povo brasileiro também opine: Joaquim Barbosa ou o Tenente - brigadeiro do ar Raul Botelho


Texte escrito por Eunicinha Lourenço - Vale do Paraíba / SP

Não temos nenhuma dúvida de que o Brasil está dividido e que Bolsonaro é o nosso presidente até o dia 31 de dezembro, além disso Lula da Silva, filho de dona Lindu, comandará o Brasil do dia primeiro de janeiro de 2023 até o dia 31 de dezembro de 2026. Obviamente o Ministério da Defesa no primeiro momento do novo governo será tão estratégico e importante quanto os tradicionais ministérios do Exército (extinto), da Educação, da Saúde e da Fazenda, ou Economia, pois tem a missão de colocar ordem na casa e diminuir o impacto dos movimentos sociais, entre outros.

João Cândido e João Mattos ultrapassaram as regras da caserna, num passado distante, mas que precisa de avanços no governo Lula


Sabemos ainda que foram as Forças Armadas as principais empregadoras do povo negro pós-abolição da escravatura. Entretanto, é do conhecimento da maioria que a dificuldade de ascensão do povo negro nos altos postos é enorme, embora a caserna tenha em suas três principais forças 46, 11% de brancos e 50,2% de negros. Nesse sentido, são poucos os que tiveram destaques como na Marinha, o almirante negro João Cândido, que liderou a Revolta da Chibata em 1910; no Exército, o único oficial a chegar a marechal foi João Batista de Mattos, colega de turma do marechal Castello Branco, primeiro presidente do governo militar de 1964. Na Força Aérea Brasileira, destaca-se o tenente-brigadeiro da reserva Raul Botelho.

Rosângela Silva é pouco pronunciado nos quatro cantos do Brasil: o nome forte da primeira-dama é 'Janja'


Neste importante período da história, quando acabamos de assistir à eleição mais acirrada e provavelmente a mais importante e difícil para um governante, após quase três anos da pandemia da Covid 19, que matou 700 mil brasileiras e brasileiros de todos os cantos, cuja maioria é negra. Importante ressaltar que ao comparar a história do negro nos altos postos das Forças Armadas nos EUA com o Brasil, a diferença é gritante e favorável aos norte-americanos que têm 13% da população e 9% de representatividade nos postos de oficiais, enquanto nós brasileiros somos 56% de negros e nossa representatividade entre os oficiais-generais é 1,7%.

Ressalto que sou branca, moradora do Vale do Paraíba onde existem muitos quartéis, e no prédio onde moro sou vizinha de um general branco, que é meu amigo. A maioria de nossa população formada por 39 municípios votou no Bolsonaro para presidente e no Tarcísio para governador. Ainda assim, temos que reconhecer que o nosso presidente a partir de janeiro é o Lula e nossa primeira-dama a Janja, que recebeu um livro sobre a causa negra quando falava sobre o passamento de nossa estrela Gal Costa no CCBB- Brasília recentemente.

Com humildade, eu gostaria de opinar e dizer que um negro oriundo das Forças Armadas seria uma grande alternativa para unir o Brasil. Tivemos grandes ministros na pasta, tais como os generais 4 estrelas: Sílvio Luna, Fernando Azevedo, Braga Neto e Paulo Sérgio. Dos civis que assumiram a mesma pasta, destaco para esta reportagem Aldo Rebelo, Raul Jungmann, Nelson Jobim.

1/3 dos votos de Simone Tebet (MDB), foram recebidos em São Paulo. Comenta-se a possibilidade da filha do saudoso Ramez, ser a candidata do PT para prefeita da cidade de São Paulo - Foto: JN/reprodução


A meu ver, todos acima foram especiais. Contudo, o momento exige um nome especialíssimo com cara de autoridade sem autoritarismo. Por isso, sendo democrata e no afã de deixar o governo Lula mais popular ainda e com opiniões que não sejam só de especialistas e por meio dos ditames da grande imprensa, eu sugiro dois nomes, um civil e outro da caserna, ou seja, o ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa e o tenente-brigadeiro da reserva da Força Aérea Brasileira, Raul Botelho.

Como mulher, e lutadora pela causa da mulher na política e no poder e admiradora de Evita, eu acredito que a eleição do dia 30/10 deixou dois nomes para serem trabalhados para o futuro: Simone Tebet e Janja. Que o tempo seja o senhor da razão!

Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica, especializado em Tecnologia da Informação e Comunicação. Atualmente, é Editor-Chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Possui ampla experiência como jornalista e diagramador, com registro profissional DRT 10580/DF. https://etormann.tk | https://atualidadepolitica.com.br

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